quinta-feira, fevereiro 23, 2006

sede

A noite e seu fascinio, o vento fresco, o sabor da cerveja, a fumaça dos cigarros. Meu habitat natural. Copos se batem alegremente, brindes são dados, música ruim e todos dançam. Eu não sei dançar, na verdade talvez não seja apenas um não saber, mas também um pouco de medo. Pessoas que perdem o seu tempo escrevendo esse tipo de relato são covardes, é... é isso que eu sou.
E lá estava eu, com uma garrafa de cerveja na mão, um sorriso forçado a curtir a festa da minha maneira, fumando meu cigarro, bebendo, olhando. Corpos se moviam no ritmo da música, outros se tocavam embalados pela paixão etílica enquanto alguns gritavam umas coisas sem sentido. No meio dessa gente tào perdida quanto eu um ponto de luz emerge. Ah o doce cheiro da inocência, sorriso de menina, gestos controlados e olhos brilhantes, o velho calhorda ao ver tudo isso sentiu sede, e não era bem a cerva q a saciaria. Eu queria sua saliva, seu suor, sentia uma inveja profunda daquela maldita brisa suave que beijava seus cabelos. Queria consumir toda aquela pureza e se o resultado disso fosse a quebra do encanto, eu pouquíssimo mw importava. Uma hora a festa acaba, o anjo vai embora desse culto ao vinho, continuei no meu canto, saboreando o último cigarro do maço, e o fundnho na garrafa de cerveja... ainda estva com sede. Voltei pra casa, fui pra cama, durmi e não sonhei... eu não sonho mais.