segunda-feira, junho 12, 2006

Naquela noite, ela gritava. Dizia desesperadamente que aquilo que eu escrevera não era real. Soluçava... torturava-me com sentenças duras... que eu fora poeta e não estava naquilo... que era prostituição... bizarro e mentiroso.
Em desespero quebrei uma garrafa em minha cabeça, agarrei-a pelos braços, rasguei seu vestido e sugava seu mamilo com vontade. Em meio a arfadas, gritava a plenos pulmões: escrevi mentiras sim!!! pq não posso escrever a realidade!!!Isso aqui é real!!! O nosso suor!!! Nossos gemidos!!! Minha lingua em sua calcinha!!!
Puxou meu rosto pra cima!!! Deu-me um beijo. Mordeu meu lábio inferior.
Isso é real!!! Nossos corpos em comunhão. Sua barriga nua, a penugem do seu sexo, o seu gosto em minha boca, esse sorriso divino, seus seios contra a luz... como poderia descrever em palavras?! O jeito q vc dorme, sorrindo... como se não houvesse mais nada, a boca que faz quando solta a fumaça do cigarro, a careta com a sobrancelha levantada toda vez que é contrariada... a maneira como revira os olhos qdo toco aqui!!!
Continue!!! É isso que está faltando!!! Grite tudo isso ao mundo...
Não!!! É minha... apenas minha!!! Não quero que imaginem o biquinho rosado de seus seios, ou sua voz suave pedindo mais... Nunca!!!

3 comentários:

A. Diniz disse...

Amor e fúria. Quase uma música do Pistols ou do Inocentes.

Anónimo disse...

Já imaginei... ;) *Bel num surto pós Parada Gay*

Anónimo disse...

Eu tbm imaginei ...